Diferente das palavras,
as nuvens se arranjam sem pensamentos.
Havia me afastado delas e de seus desenhos,
mas já posso estar mais tranqüilo,
transbordando, as compreendo:
são meus, seus segredos.
Porque brinco com as memórias
como se concretamente fossem nuvens,
sempre se movendo
passando e ganhando forma.
Não me entenda errado, só sei de mim.
Falo com os arranjos que desejo,
que me levam, que me deixam.
Um mundo encantado sobre o concreto,
e brinco em sol com fogo brasa e fumaça,
fabricando o canto que você inventou pra mim.
A consistência me leva ao ar parado,
logo me vem a janela.
Agora,
o vento.
A vida,
incrivelmente bela.
O fim.
Melhor mesmo é calar
(há tantos poemas...),
cegaríamos nesses olhos azuis -
aprendêssemos escutar, talvez.
Céus,
um cordeirinho nos trazendo a salvação!
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...pois é. a gente se perde e a gente se acha.
ResponderExcluir(coruja)