quinta-feira, 14 de maio de 2009
algo sagrado
Do que escrever? De que substância? Quero algo sagrado. Se tivesse papel e lápis, faria um poema. Uma família buscando em oração o bem comum com a volta de Cristo. Terra e esgoto, pássaro e cruz. O Senhor perdoa, olhe os sinais, imagine a vingança... Humanos estão experimentando baratas como arma estratégica – dizia um amigo no bar. A guerra pelo domínio parece não haver fim na cabeça de alguns, e o futuro está feito. Fazemos, refaçamos nós direito este estado de coisas. Mas a gente é tão pouco, não é tio? E eu aqui rabiscando em paredes! Balbuciando gagamente coisas que nem tem futuro nesse mundo. Mesmo que eu falasse todas as línguas, mesmo que falasse a língua dos anjos. Não sei me comunicar, não tenho corpo - e você não pode ser dito. Tentarei dez anos de silêncio. E ele vomitou na minha cara. Filha da puta do cinema que fica chacoalhando nossa personalidade quem nem masturbação. Alma viciada, desejo débio. Só soube entupir-me com esse filtro, descendo engasgado as mesmas escadas infinitas feitas por um faraó antigo. Não passei do terceiro degrau. Ora, são infinitas dimensões, sinta as boas vibrações! E todos rimos, leves e felizes... Fiquei como se não fosse conosco, mudando o ponto de vista, pensamento positivo. Por fim, a da direita falou, há hora pra tudo e temos coisas pendentes, você precisa de um pouco mais de noção menino, me recomendando parâmetros bom senso e dança. Agradeci dizendo que estava mesmo em busca de alguma religação, querendo desenhar algum espelho, mediação. A da esquerda recomendou também silêncio. Silêncio escuta e calma para ao mesmo tempo quebrar o espelho e afundar na escuridão. E eu, que já havia sucumbido várias vezes sob esse mesmo monstro, não pude evitar um riso desse drama todo. Realmente somos uns pobres coitados, uma paródia. E é tudo tão simples, que às vezes fica sem sentido... Me dê sua mão? Acho que Deus está novamente do meu lado.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário