com seu chapéu de palha,
em sua cadeira de balanço,
ele olha os pássaros,
sente o carinho do vento,
respira o verde das plantas.
mãos que mexem a terra,
brotam poemas de pétalas,
receios como espinhos,
arranjos para seu sonho de flor e ninho:
Seu olhar acalma o mau do mundo
(e sonha com ela...).
Seu sorriso diz sobre os mistérios mais profundos.
Seus lábios encarnam batalhas.
Suas pernas são lembranças das mãos sábias de Deus.
Tua barriga é planície das fadas.
Teu umbigo, vale de risadas.
Teus seios, montes abençoados.
Tua bunda, um templo impecável.
Teu sexo, meu recanto sagrado.
Tua sabedoria diz mesmo calada.
Teu jogo é de carta inventada.
Tua música é dançar as estrelas.
Tua força e medo é vulcão inigualável.
Quando teu desejo encontrará meus passos?
Quando meu passeio desatento trará seu afago?
Quando tua carne exorcizará esse fantasma?
Quando minha guarda será desbancada?
Quando virá você que guarda séculos em promessas,
e pra quem preparo cuidadosamente meu mais belo jardim?
Virá borboleta, virá fada?
Ou ficará rondando meus sonhos feito alma penada?
(...e acorda com a insistência de uma mosca chata!)
Barbaridade! melhor ir trabalhar
- e levanta cuspindo seu fumo de corda.
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que jardineiro inspirado eih!!
ResponderExcluirbelíssimo,
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