Os vizinhos gritam catarses de música sertaneja. As garotas ajudam num encontro até bonito. Se divertem todos cantando amores perdidos, dor maior. E dá-lhe risada e cerveja! E lambem sexo fácil. Como os invejo! Não sei mais essa alegria. Mesmo as noites de rock na adolescência. Alguma coisa de errado me irradia.
Acho que estou com câncer. Tenho os ossos que doem e a carne por ser descifrada. Algo voraz me devora. Os olhos ficam vazados. Projeto, e a volta me faz dissecado. Fico ao avesso, sem espaço, vago. Suicídio desencadeado. Me exorcizo escrevendo. Assim, mantenho-me enganado. Aflito, cavo meus próprios ciclos. Pobres células em metáfases. Purulam pelo meu corpo. Não podem paz. Correm cegas para o absurdo. Fico eu aqui sozinho. Implosão. Esta doença ainda me fechará em buraco negro...
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quarta feira de cinzas no país...
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